O que é a web 1.0, 2.0, 3.0, 4.0 e as suas características

webtimeline

Geração 1.0 Usuários espectadores 

A Geração 1.0 da Web tem início a partir da popularização da Internet, em 1995, e seu principal objetivo é facilitar o acesso à Internet e às diversas mídias, transformando-se em um veículo de comunicação dinâmico e eficiente desde seu crescimento e da expansão dos navegadores desenvolvidos até então (GUIZZO, 1999).

Também chamada de Web 1.0, essa fase é caracterizada por exibir páginas com a maioria dos conteúdos estáticos; apenas administradores eram responsáveis por inserir o conteúdo e as informações que seriam expostas aos usuários, ou seja, as informações eram utilizadas de forma unidirecional, dos webmasters1 para os usuários. Portanto, o papel do usuário era apenas de espectador das ações e conteúdos disponibilizados na Web, não possuía autonomia para reeditar, alterar e tão pouco compartilhar informações.

Na perspectiva de Coutinho e Bottentuit Júnior (2007), o cenário que marcava a Web 1.0 era a enorme gama de informação disponibilizada para o público, entretanto se restringia aos usuários que tinham poder de compra, pois a maioria dos serviços eram pagos e controlados por licença, tornando o acesso às páginas e serviços da Web limitados.  De acordo com Primo (2007), o avanço tecnológico, o aumento da quantidade de acessos à Internet, a expansão da velocidade de banda, a necessidade de rapidez e eficiência na comunicação e a garantia da integridade da informação são fatores que contribuíram para que as páginas Web ficassem ainda mais robustas, acessíveis e mais interativas. Neste contexto, tem-se a transição da Web 1.0 para a segunda fase da Web, denominada Web 2.0, ou geração 2.0, no final da década de 90 e início dos anos 2000.

Geração 2.0 da Web – Hora de compartilhar

Segundo Primo (2007), a Web 2.0 transformou a maneira e as formas de publicação, compartilhamento e organização das informações, somando os espaços e a forma de interação entre os usuários. A Web 2.0 não se limita apenas às normas técnicas (serviços Web, linguagens específicas), contudo referencia também a um período tecnológico, às estratégias de mercado e aos processos de comunicação que acontecem via computador.

Tomando-se como base as considerações de O’Reilly (2005) e Primo (2007), a geração 2.0 da Web caracteriza-se por apresentar:

• interfaces ricas, agradáveis e de fácil utilização;

• o sucesso da ferramenta depende do número de usuários, por se tratar de ferramentas de conteúdo colaborativo;

• baixo custo e gratuidade na maioria dos sistemas disponibilizados;

• crescente utilização e construção de páginas pessoais (blog);

• acesso e edição mútua das informações;

• rápidas transformações (quase instantâneas) das informações e conteúdo das páginas;

• os aplicativos podem funcionar on-line ou off-line;

• criação de comunidades de pessoas que se interessam por determinado assunto;

• crescente utilização de aplicativos Web dentro de ambientes empresariais;

• facilidade de compra e acesso a produtos pela ascensão da utilização do comércio eletrônico, e-commerce 3 ;

• utilização de Tags4 em quase todos os aplicativos.

A geração 2.0 da Web tem repercussões sociais importantes, que enfatizam o trabalho colaborativo, a troca e circulação de informações, redes de relacionamento, construção social de conhecimento apoiados pela informática. Com isso, termos como Blog, Wikipédia, Orkut, YouTube, Hi5 ou Del.icio.us, Twitter, Facebook, MSN Messenger são apenas alguns exemplos de ferramentas que fazem parte da variedade de aplicativos disponíveis.

Web 3.0 ou Web Semântica – Hora de Organizar

O conceito de Web 3.0, ou Web Semântica (WS), foi idealizado pelo inglês Tim Berners-Lee, em 2001, criador da World Wide Web, sendo apelidada como Web inteligente. Tem como principal objetivo resolver problemas na recuperação de dados nas páginas disponíveis no ambiente WWW (SANTOS, 2005).

Os mecanismos de busca da Web 3.0 reúnem informações de diferentes bancos de dados, processam tais informações e produzem novos conteúdos automaticamente, o que garante a associação de elementos que, a princípio, não estariam relacionados (SOUZA e ALVARENGA, 2004).

Para que tais buscas sejam realizadas nos padrões da Web Semântica, é necessário o uso de metadado que, segundo Santos (2005), é a informação estruturada sobre recursos de informação, ou seja, associação de dados a objetos que auxiliam seus atributos. A falta de homogeneidade semântica é considerada um dos problemas mais difíceis de resolver, devido à complexidade de integrar as informações. Para tanto, torna-se inevitável o uso de ontologias6 , bem como uma linguagem única com o objetivo de representar e unificar tais recursos (SOUZA e ALVARENGA, 2004).

De acordo com a Ilustração 2, a Web Semântica é considerada uma Web colaborativa em tempo real, em que os aplicativos e dispositivos especializados e personalizados interagem por meio da infraestrutura de dados da Internet, trocando informações entre si, automatizando tarefas rotineiras dos usuários, caminhando em paralelo com as ferramentas disponibilizadas e caracterizadas pelos conceitos da Web 2.0.

Web 4.0

Com as alternativas de navegação cada vez mais rápidas, já é idealizado o conceito da quarta geração da Web. A Web 4.0 ou WebOS é baseada em sistemas operacionais da Web, ou seja, segundo Flandoli (2010), é “um gigantesco sistema operacional inteligente e dinâmico, que irá suportar as interações dos indivíduos, utilizando os dados disponíveis, instantâneos ou históricos, para propor ou suportar a tomada de decisão”, com base em um complexo sistema de inteligência artificial.

Segundo Lisboa (2009), a Web 4.0 oferece transparência global, governança, distribuição, participação, colaboração na indústria, redes políticas e sociais e outros esforços importantes da comunidade, porém algumas questões como invasão de privacidade (acesso indesejado aos dados pessoais), controle (sem administrador global), dependência da 8 tecnologia e dos sistemas, sobrecarga (disponibilidade de sistemas de pessoas) são fatores considerados vulneráveis aos usuários e merecem consideração e amadurecimento. O que caracteriza a WebOS é o termo “serendipismo”, ou seja, o dom de fazer descobertas felizes por acaso (FLANDOLI, 2010).

A Web 4.0 busca soluções para questões ainda não levantadas, ou problemas que ainda não existem, como, por exemplo, a câmera digital, que passou a fazer parte dos notebooks, celulares e até canetas; mesma funcionalidade em aparelhos extremamente distintos, por isso, na perspectiva do autor, essa geração da Web é, portanto, baseada muito mais em hardware do que em software.

De acordo com a Ilustração 3, sob a forma de uma linha do tempo, são mostradas todas as fases da Web, desde seu início até as tendências para implementações futuras. As transformações tecnológicas, o aumento de largura de banda e a grande expansão na quantidade de acessos por parte dos usuários são fatores importantes que contribuem para o crescimento e a aplicabilidade dessa tendência que é a quarta geração da Web.

 

O link da pagina:http://re.granbery.edu.br/artigos/NDM1.pdf

 

Deixe um comentário